O programa Lantern visa o compartilhamento de sinais sobre perfis e atividades de um perfil que tenham relação com violência sexual infantil. O objetivo é permitir tanto traçar um quadro completo sobre as violações que um mesmo usuário realiza por meio de diversas plataformas, como antecipar o bloqueio ou desativação de perfis de usuários que já tenham praticado esse tipo de violação em outras plataformas digitais.
É uma ferramenta colaborativa, na qual as plataformas podem compartilhar essas informações de forma segura. Foi considerado que, apesar de as plataformas terem políticas de bloqueio de conteúdos e usuários, uma mesma pessoa banida de uma plataforma pode migrar para outra. Com o Lantern, as empresas podem compartilhar, de forma segura, indicadores de comportamentos de violência sexual, permitindo uma atuação conjunta e reduzindo as chances de migração desses usuários entre plataformas. Os sinais compartilhados não são necessariamente atos de violência em si, mas pistas que ajudam as plataformas a identificar e antecipar essas situações.
Esse projeto foi criado considerando que muitas das iniciatias das empresas de tecnologia são focadas em suas próprias plataformas, contudo a ação dos agressores que praticam violência sexual online contra crianças e adolescentes costuma ser realizada em várias plataformas ao mesmo tempo.Dessa forma, foi necessário a criação de um mecanismo que permitisse a comunicação entre plataformas quanto a usuários que cometessem violações nesse sentido, prevenindo que migrem entre espaços virtuais para cometer essas violências.
Até 2024, foram emitidos mais de um milhão de sinais entre as 26 empresas participantes da iniciativa. Foram desativadas mais de 100.000 contas, removidas cerca de 7.000 materiais e 135.000 URLs vinculados a violência contra criança e adolescente. Também foi possível, a partir dos sinais compartilhados, detectar 81 casos de violência por contato e 45 casos de tráfico de crianças e adolescentes.
Classificação da iniciativa nos 6 domínios definidos do Banco das Boas Práticas:
Empresas de tecnologia