Num contexto de avanço das tecnologias e da consequente digitalização da vida, o Núcleo Jornalismo, mencionado como referência na pesquisa de campo, surgiu em 2020.
Define-se como uma iniciativa jornalística com a missão de investigar, analisar e noticiar sobre o impacto da tecnologia digital na vida das pessoas em prol de construção de uma internet melhor.
Vinculado à AJOR – Associação de Jornalismo Digital, a organização atua por meio da produção de conteúdos (reportagens, dados, artigos, newsletters, vídeos) e do desenvolvimento de aplicações (chatbots, ferramentas de monitoramento, algoritmos de curadoria). Identificou-se, para além dos conteúdos noticiosos, que o Núcleo produziu um relatório técnico-científico sobre conteúdos extremos nas redes sociais, o qual menciona também uma produção análoga sobre exploração sexual infantil.
O Núcleo Jornalismo foi caracterizado como boa prática não por um dos seus produtos midiáticos específicos, mas pela amplitude, robustez e inovação de sua cobertura referente à violência sexual online contra crianças e adolescentes. Seus conteúdos pautam-se evidências a partir de dados, incluindo pesquisas, entrevistas com especialistas e são dispostos na internet com contextualizações, resumos e links para outros conteúdos a partir de automatizações, incluindo inteligência artificial.
Ademais, além de alinhar-se a tratados internacionais de direitos humanos, o Núcleo Jornalismo tem o selo de “Veículo comprometido com o público”, por atender 10 de 11 indicadores do Programa de Indicadores de Compromissos com o Público do Atlas da Notícia – Projor , e foi um dos vencedores do Cláudio Weber Abramo, principal premiação nacional em jornalismo de dados. Por fim, a própria organização divulga dezenas de exemplos concretos de seu impacto social na melhoria do ambiente digital, o que contribuiu para sua caracterização como boa prática.
Classificação da iniciativa nos 6 domínios definidos do Banco das Boas Práticas:
Sociedade em geral